sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aquela Moça


Um guarda-chuva laranja no céu prateado, e o sol escondido dentre as nuvens a lhe vigiar. Era assim por onde passava e sua presença não permitia outro assunto. Para quê tanta lindeza num ser só? Cada vez que aparecia renovava as desilusões de Elias Prudente, que desde que saíra da república soteropolitana aprendeu a conviver consigo mesmo num pensionato barato, alternando e integrando os desafios de sua mente maliciosa e gentil ao mesmo tempo, sempre invocado como aquela presença o atraía.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Primeiro Dia De Elias Prudente

Enfim chegou o outono, a estação preferida de Elias Prudente, que de prudente mesmo só tinha o sobrenome. Nem fria, nem quente, nem colorida, apenas bela como a tristeza.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Verão de 2008

Observador detalhista e matuto que é, às vezes deparava-se com pessoas e seus movimentos, gestos, faces, vozes, roupas e as julgava. Imediatamente julgava. Por mais que o bom senso seja contrário a esse tipo de atitude, Nelson vê apenas ironia. Não se pode ir contra a natureza humana, e essa natureza é falha. O bom senso representa apenas o que os humanos querem demonstrar o que são e não o que de fato são. Ele é honesto o bastante para admitir isso.