domingo, 29 de maio de 2011

Um tiro no escuro

Uma chuva refrescante, com pingos fortes como chumbo grosso cae sobre minha face.



Dizem que sou engenheiro, mas me sinto ainda um tropicalista. Uma longa luta vencida, mas sem o sabor da vitória. Afinal de contas, para que? Por que? Para o mundo acorrentar os pés? Ou isso apenas um último suspiro de alguém que não sabe para que veio?

São tantas perguntas e nenhuma resposta. Enquanto isso parafraseio Belchior em "Como Nossos Pais".


Me repreendo agora para não deixar as lágrimas saltarem e evitar os palavrões que não servem de nada. Está escuro e minha vista cansa.

Posso ser um daqueles rebeldes sem causa. E eu que pensa que ser ignorante era um passo pra felicidade.
Não dá para beber, tragar e inalar o mundo.

Penso que se eu deitar agora vou dormir, porém é um mero engano. Contudo, a esperança ainda não morreu.

Boa noite.



Às quatro e pouca da manhã a gente não saber o que está dizendo.

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